Salve a Rainha do Mar. Salve nossa Mãe Yemanjá.
Salve
nossa Mãe Yemanjá.
Oração:
Odoiá, Odoiá, Iemanja. Rainha das ondas, Sereia do Mar. Como é belo o seu canto, senhora.
Odoiá, Odoiá, Iemanja. Rainha das ondas, Sereia do Mar. Como é belo o seu canto, senhora.
Quem
escuta, chora, mãe das aguas dê-me sucesso, progresso e vitoria
em meus caminhos.
Abre
meus caminhos no amor, cuida de mim, Odoiá, Divina Rainha! Que a
tristeza se afaste de mim
e
que as aguas sagradas do Oceano lavem minha alma e meu ser.
Abençoa,
mãe, minha familia e meus amigos e permita que o amor seja nossa
maior fonte de energia.
Sou
suas aguas, suas ondas e tu cuidas de meus caminhos. Iemanjá, em
ti confio. Axé.
IEMANJÁ,
a grande mãe, o oceano que origina tudo. De seu ventre saíram
todos os Orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a
terra. Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o
bem-estar de todos, mas exerce uma autoridade mais pela astúcia
que pela força.
Yemanjá
é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão ioruba Yèyé
Omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes). No Brasil, Yemanjá é um
orixá muito popular e é reverenciada no Candomblé, no Batuque,
no Xambá, no Xangô do Nordeste e na umbanda, uma das maiores
comemorações em honra à Yemanjá ocorre no último dia do ano em
várias praias do litoral brasileiro. Antes e após a queima de
fogos da passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do
Mar, um dos títulos dos quais ela é saudada.
Os devotos a presenteiam com flores, perfumes, velas, tanto na areia da praia, quanto nas ondas do mar.
Os devotos a presenteiam com flores, perfumes, velas, tanto na areia da praia, quanto nas ondas do mar.
Um
dos nomes dados à Yemanjá é Janaina. Ela é a deusa do mar e
protetora das mães e esposas.
Lenda
de Yemanjá
segundo
o Candomblé
Yemanjá
era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a
esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças
receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás. Um deles
foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris,
“aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”. De
tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se
imensos.
Cansada
da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do
“entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste,
chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de
Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e
propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição,
disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus
seios.” Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou
para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia.
Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta
chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você,
com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios
grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada.
Certa
vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe,
Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe
esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de
necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.” Em sua fuga,
Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um
rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção
ao oceano, residência de sua mãe Olokum. Okerê, contrariado,
queria impedir a fuga de sua mulher.
Querendo
barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada,
ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis
passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá
quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda.
Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna,
chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos. Xangô veio com
dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um
carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com
farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão
e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por
onde passar. Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as
amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã
e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da
esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô
com seu raio. Ouviu-se então: "Kakara rá rá rá" …
Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em
duas e, "suichchchch" … Yemanjá foi-se para o mar de
sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em
terra.
YEMANJÁ
SOBERANA
DAS ÁGUAS
OUTROS
DADOS:
Seu
elemento é a água salgada, seu domínio a maternidade (adulta) e
a pesca – e atividades econômicas desenvolvidas no mar em geral.
Seu símbolo portanto, é um abebé, leque de metal prateado com a
figura de um peixe. As cores dedicadas a Yemanjá são o branco, o
rosa-claro e o azul-claro, no culto de candomblé tradicional além
da cor prata. As contas que seus filhos usam são de vidro
transparente. Já na umbanda é associada ao azul e ao branco,
assim como acontece com Oxum. Cultua-se Yemanjá em geral aos
sábados, como as outras mães da água. Para ela sacrificam-se
patas, galinhas e cabras brancas. Suas comidas são também
brancas: ebó de milho branco com mel, arroz e angu. A sua saudação
é Odoiá!!! ou Odô-fé-iabá ou Odofiabá!!!!
ERVAS
PARA BANHO E DEFUMAÇÃO: Jasmim, araticum-da-praia,
folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo marinho
encontrado nas pedras marinhas, alcaparra, entre outras.
COR
DA GUIA: Contas brancas cristalinas ou azul claras.
BEBIDAS:
Água de coco, mel, água salgada ou potável, champanha e suco de
suas próprias ervas e frutos.
FLORES:
Rosas e palmas brancas.
COMIDAS:
Canjica branca, peixe fritos, arroz, arroz-doce com mel, acaçá,
pudim, etc.
FRUTAS:
Mamão, graviola, uvas brancas, melancia
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